Não lhe disse com clareza se tinha ou não Gripe A.

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , , | Posted on terça-feira, dezembro 22, 2009

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Escolheu ir a outro doutor porque este tinha sido muito Jivago.

Monos.

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , | Posted on terça-feira, dezembro 22, 2009

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Ia tantas vezes à AREA que acabou por morrer decoração.

"Killing In The Name" venceu a batalha pelo primeiro lugar no top de Natal do Reino Unido.

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , , | Posted on terça-feira, dezembro 22, 2009

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Explicado às crianças:

Fãs de Rock, mormente de Rage Against The Machine: Vai-te encher de pulgas, não vou fazer o que me dizes! Vamos acabar com domínio destes artistas de plástico! Comprem o single de "Killing In The Name", protestando contra a indústria pop!

Fãs de Pop, mormente da malta do X-Factor: Pouco barulho! Sim, porque a vossa música é só barulho! Comprem mas é o "The Climb", interpretado pelo John McElderry!

Editoras, mormente a Sony BMG, detentora dos direitos tanto do clássico de "rap core" dos anos noventa, como do sucesso do vencedor do X-Factor: Fight! Fight! Fight!

Gripe Hãn?

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , , , | Posted on domingo, dezembro 06, 2009

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Neste momento, encontro-me impossibilitado de voltar à escola porque (ai, ai, ai; ai, ai, ai) me foi diagnosticado o complexo padecimento designado por "tosse sem expectoração". Vejam lá o meu desgosto: tusso, mas não expectoro. Isto, caros leitores, não é nada português.

Vamos à explicação, se é isso que querem.

Quinta-feira, pela noite, comecei a tossir, espirrar, ter frio e dores de cabeça e um pouco de febre. Sexta-feira, pela manhã, os sintomas mantinham-se, pelo que, após deliberação familiar, prescindi de ir à escola.

Manda o Plano de Contingência da Gripe A do estabelecimento escolar que frequento que, faltando e se se dá o caso de estarmos a contas com uma narina entupida (por termos achado que lá fora estariam dezoito graus Celsius, estando, na verdade, apenas onze, não nos apetrechando, assim, de indumentária adequada), entreguemos uma declaração médica que comprove que não padecemos dessa maleita. Pois bem, hoje (Domingo), já sem quaisquer queixas, desloquei-me até um estabelecimento de saúde para ser visto por um médico, que, no fim da consulta, redigiria a tal declaração. Feito isto, poderia voltar à escola amanhã (Segunda). Pois mal, não foi isso que aconteceu.

O médico, depois de me auscultar (para Inglês [ou seja, o meu pai] ver, pensava eu), perguntou-me se estava pronto para ir à escola amanhã; "Estou, estou", disse eu. "Hm, se calhar, o melhor é ficar em casa até ao final da semana... vá Quinta-feira", disse o senhor de bata branca, escrevendo isso no papel.

Está tudo doido.

Eu mal tossia.

Paguei (não confiei no Serviço Nacional de Saúde porque a minha mãe tinha-me dito que os avós ficariam desagradados se eu preferisse uma sala de espera à casa deles para passar o Natal), ou melhor, quem me representa pagou um balúrdio. Por quê? Por um atestado! Eu não queria ser visto por um médico! Eu queria que ele assinasse um papel! Mas ele, não, teimosos estes médicos, insistiu em observar-me! Quis ver se eu estava bem! Para onde foram os médicos que, passados os primeiros dez minutos a falar do que fizemos no espaço compreendido entre a consulta anterior e a presente, nos escorraçavam dos seus consultórios dando-nos um atestado para carimbar lá fora e uma receita completamente imperceptível para o farmacêutico?!

Os centros de saúde deveriam ser como os restaurantes e deveríamos poder mandar para trás os serviços que não pedimos! Exemplo:

- Olhe, se faz favor, desculpe...

- Diga lá, chefe.

- Olhe, é o seguinte, é que eu... o que eu pedi foi um atestado e isto, não é por nada, mas parece-me uma observação de um médico, se desse para trocar...

- Ah, tem toda a razão, desculpe lá... Pronto, foi isso... é que o atestado foi para a mesa seis, peço imensa desculpa, troco já. É que estamos cheios de serviço e isto às vezes... a cabecinha, coiso.

- Claro que sim, com certeza...

E pronto, era isto.

Franz Ferdinand No Campo Pequeno.

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , , , , | Posted on sexta-feira, dezembro 04, 2009

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"Campo Pequeno recebeu os toiros do Indie Rock e os aficionados não conseguiram fazer a pega."

"O melhor (...) concerto (...) do ano."

"Um Campo que foi Pequeno para o carisma de Alex Kapranos."

"Um trocadilho jornalístico qualquer a dizer que o concerto foi bom."

"Não fomos ao concerto."

Estas foram algumas das críticas que o concerto de Franz Ferdinand, dia 2, no Campo Pequeno recebeu (agora que me lembro, fui eu que as inventei há bocado, quando finalmente deixei de ouvir o zumbido nos ouvidos provocado pelas colunas e consegui, então, pensar).

Agora só um momento.

Já está. Foi o tempo que precisei para pensar se deveria ou não escrever sobre o espectáculo que a banda escocesa deu em Lisboa, na passada Quarta-feira, ou se não o deveria fazer, tendo em conta a elevada probabilidade de ocorrer, durante o relato do concerto, derrame de lágrimas descontrolado, assim como vociferação das expressões "Quero outra vez!", "Voltem para a semana!" e mesmo "Eu não acredito que estou a chorar que nem um convidado de um programa do Daniel Oliveira!". Há até um estudo, da Universidade de Fernão Ferro - Departamento de Estudos de Depressões Pós-Concerto de Indie Rock / Indie Pop / Indie Electro / Forró, que confirma que há grandes hipóteses de isso acontecer, disponível aqui. Mentira, aqui.

Bom, vamos lá tentar.

Desde o anúncio do concerto de Franz Ferdinand em Paredes de Coura que eu esperava ver esta banda ao vivo. 30 de Julho de 2009, pela noite, Manuel Cardoso não esteve presente no tal espectáculo no Festival Heineken, em Paredes de Coura, pois não teve o aval dos pais para se deslocar até ao Norte do país, isto porque muito poucos amigos dele quiseram / poderiam fazer o mesmo. 31 de Julho de 2009, pela tarde, Manuel Cardoso recebe no seu telemóvel uma mensagem do seu amigo Rodrigo Teixeira que incluia "Franz Ferdinand", "Campo Pequeno", "2 de Dezembro" e um palavrão de euforia. Manuel Cardoso não vociferou tal vocábulo, nem semelhante: a presença dos progenitores na mesma divisão da casa de férias onde todos se encontravam impediu-o de o fazer. Assim, apenas gritou num volume moderado. Ainda assim, estava extremamente feliz.

Dia 9 de Novembro de 2009, Manuel Cardoso, durante um jogo de rugby, organizado na aula de Educação Física, desloca a rótula. Não são para aqui chamadas as dores que sofreu antes de lhe colocarem o joelho no sítio e gesso na perna, e o prurido que sentiu nas semanas seguintes, mas sim a capacidade que teria ou não para saltar, empurrar e gritar as músicas no concerto de Franz Ferdinand, dia 2 de Dezembro. A capacidade, a julgar pelo estado do joelho na véspera do acontecimento, era pouca.

- Mas, ò mãe, eu juro que tenho cuidado.



E assim foi. Ou melhor, e assim fui. Eis-me à porta do Campo Pequeno com um amigo, Guilherme Correia, que não tinha ainda bilhete para entrar no recinto (acabaria por comprar a um indivíduo que disse que comprara na bilheteira, antes de esgotarem, para depois vender mais caro - claramente assaltou três jovens no metro de Telheiras que se preparavam para jantar no Chili's antes de se deslocarem até ao Campo Pequeno). No conjunto de pessoas que se aglomeravam junto à entrada do espaço, eu não me encontrava antecedido por muitas pessoas na fila e, lá dentro, consegui lugar junto às grades (não no centro, um pouco mais para o lado do baixista [ah é verdade, o leitor não foi, não faz a mínima ideia onde estava o baixista. Pronto, um pouco para a direita, de quem olha para o palco, não de quem está no palco].

Quando entrei para a plateia, eram umas oito da noite e ainda tive de esperar uma boa hora pela banda que abriria para banda de abertura, que, sendo uma banda de abertura, abriria, mais tarde, para a banda principal que, nessa altura (depois da banda que tinha aberto para a banda que abriria a banda pelo concerto da qual paguei realmente para ver e a banda que, após isso, tinha aberto para a banda pelo concerto da qual eu paguei realmente tocarem, para além de uns posteriores largos minutos de espera a ouvir música [leia-se ouvir música executada a partir de um dispositivo electrónico, não música ao vivo] um tanto inapropriada) tocaria. Bom, respectivamente, falo de The Doups, The Phenomenal Handclap Band e, mas quem é que foi o boi ignorante que perguntou?, Franz Ferdinand.

Os The Doups, uma banda portuguesa muito jovem, apresentaram músicas aparentemente bem construídas, ainda que acompanhadas por umas letras que a originalidade não agraciou, pelo menos por agora. Energia não lhes faltava, pois não. Parece até que não levaram o que os artistas que antecedem "os artistas da noite" (ainda para mais, sendo esta banda os artistas que antecederam os artistas que antecederam "os artistas da noite") temem levar: com as costas das pessoas, que vão enrolando calmamente os seus narcóticos, enquanto ouvem dizer "esta é a segunda música do nosso EP, chama-se «Segunda Música do Nosso EP», já tem passado nalgumas rádios, se souberem a letra cantem, se não souberem enrolem-me um parpalho enquanto tocamos". As bandas de abertura dizem sempre piadas, para ver se nós, rindo (acordando, assim, o sistema urinário), nos lembramos de ir à casa-de-banho a tempo, antes do "main act".

Quem abriu realmente para Franz Ferdinand foram os americanos The Phenomenal Handclap Band. Trata-se de uma numerosa banda funk, com elementos à volta dos quais foi montado um dispositivo que faz com que acreditem ter nascido nos anos trinta/quarenta, vivendo agora nos anos sessenta - isto a acreditar pela indumentária de alguns. Estilo muito interessante, vozes femininas sensuais, teclados desconcertantes.

Se quisesse entrar no campo do humor negro, perguntar-me-ia se o fim da banda Franz Ferdinand suplantaria, no que concerne a danos, a morte de Franz Ferdinand, arquiduque da Áustria-Hungria, em Junho de 1914, assassinado pelo extremista sérvio Gavrilo Princip, acontecimento que desencadeou a Primeira Guerra Mundial. Mas, como decente adolescente que sou, não o faço.

Estava a ver que não vinham para o palco. Mentira, eu sabia que vinham, mas a minha rótula em recuperação não me ouve e já estava a reclamar devido ao muito tempo em pé.



Alex Kapranos, Nick McCarty, Paul Thompson e Robert Hardy pisam o palco. Gritaria, claro. Segundo os últimos alinhamentos, "Bite Hard", do último álbum, "Tonight: Franz Ferdinand", seria a primeira faixa a ser tocada. Não. "No You Girls" é a escolhida e bem que os pais das adolescentes disseram às suas filhas, "Não, vocês raparigas não devem saltar nos concertos. Isto porquê? Porque acabam por roçar nos rapazes, que acabam por gostar.", mas elas a isso fizeram orelhas moucas (era necessário, para poupar o sistema auditivo para o concerto) e saltaram.

A seguir, a genial "The Dark Of The Matinée" e, mais uma vez, pensaram os progenitores, "São onze da noite e ainda agora começou o concerto. A partir de agora, só vai a concertos às quatro da tarde.".

Bom, chega de relacionar os títulos das músicas com desabafos de familiares. Não tem interesse, já que passando por uma excelente versão de "Can't Stop Feeling", a mais passada recentemente nas nossas rádios; a clássica "Do You Want To"; a agradável surpresa (não era esperada no alinhamento) "Twilight Omens" e a humoristicamente romântica "Tell Her Tonight", eu é que me ia passando.

"Take Me Out". Nem no almoço no Hospital Miguel Bombarda se terá alguma vez verificado tamanha loucura, com direito até a pirotecnia (uma tocha no meio do público). Claro que, utilizando esse objecto, esse rapaz (eu vi num vídeo que foi um rapaz) como que disse "Take Me Out" para os seguranças, que lhe fizeram a vontade ("Take Me Out" não no sentido que é à expressão atribuído na música "Mata-me!", mas noutro sentido que lhe é concedido na língua inglesa, "Tira-me daqui").

Ulysses foi o senhor - digo, a faixa - que se seguiu e, como uma das mais populares do novo álbum, prolongou a euforia de "Take Me Out". Esperava há muito tempo por poder ver Ulysses ao vivo: há uns meses aderi ao vício desta música, durante bastante tempo. A calma "40'" e a irónica "What She Came For" trilhavam o caminho triunfal para o final do concerto. "Outsiders", que não se inclui no grupo dos trabalhos de Franz Ferdinand da minha predilecção, seria, aparentemente, a última (para alguns, claro que eu tinha a certeza que existiria encore ), pois foi seguida de um épico momento de percussão a quatro que parecia ditar um apoteótico final.

Mas houve, realmente, um regresso. Consistiu num emotivo "Walk Away", num enérgico "Michael", num estranho "All My Friends", dos LCD Soundsystem e, finalmente, num dançável "Lucid Dreams" (o que não significa "dançado": o longo segmento de electrónica desta música quebrou um pouco o êxtase do público do Campo Pequeno).

Consegui, depois do concerto, autógrafos da banda e não só estive ao pé de Alex Kapranos, como balbuciei qualquer coisa ao lado do indivíduo que não queriam deixar entrar em Lisboa, na alfândega, por carregar consigo doses ilegais de carisma.

A minha rótula (como já referi, em recuperação) poderia não ter perdoado tamanha traição. Mas perdoou e portou-se lindamente: foram quase zero as vezes que me puxou pela t-shirt, berrando, "Vamos embora!"; "Quando é que isto acaba?" ou "Porque é que tens as calças no fundo do cu? Daqui a bocado estás a mostrar a joelheira que me protege e eu não quero que as pessoas me vejam nesta figura."

A propósito de Pedro Proença, uma piada reprovável.

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , | Posted on domingo, novembro 29, 2009

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Onde há melhores árbitros: em Lisboa ou em Itália?

Em Lisboa, porque cá há sete Colinas.



E chega de futebol, que o blog não é só isto.

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Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , | Posted on sábado, novembro 28, 2009

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Com Jorge Jesus, até os derbies ficam desinteressantes, não há emoção, a defesa do Benfica já não treme ("que nem gelatina" diria o narrador da TVI)...

Bom, o que aconteceu no ataque foi como uma feira medieval, na qual os participantes se vestem e se comportam como no antigamente: Aimar, Cardozo e Di Maria resolveram vestir-se de Aimar, Cardozo e Di Maria, mas nas suas versões da remota época 2008/2009.

Cavalheiro procura rótula jovem para relação de uma noite só.

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , | Posted on sábado, novembro 28, 2009

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A sério, preciso de um joelho como deve ser para ver isto, dia 2 de Dezembro.



Sou super-fantástico e bebo champanhe com salmão, está bom?

Torneio do Guadiana

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , | Posted on sábado, novembro 28, 2009

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Jorge Jesus já enerva.

Faltam poucas horas para o Sporting - Benfica e quantas vezes já fui à casa-de-banho devido aos nervos? Zero.

Nunca pensei que ganhar tantas vezes irritasse desta maneira. Na verdade, nunca pensei sequer em ganhar tantas vezes, até porque Jorge Jesus é um treinador português. Se bem me lembro, o último patrício que comandou o Benfica, Fernando Santos, saiu indignado pois não lhe foi reconhecido mérito pela conquista de um torneio de Verão, o Torneio do Guadiana, o que me deixou desagradado com treinadores desta nacionalidade.

Como é que alguém se pode congratular por vencer o Torneio do Guadiana? Como é que que alguém se satisfaz com a vitória numa competição cujo troféu é uma miniatura de uma ponte? Ainda por cima, sendo a Ponte Internacional do Guadiana, uma construção dos anos noventa que pouco contribuiu para a história, tanto de Portugal, como da Espanha, a não ser na que concerne a colisões entre, por exemplo, um Ford Fiesta do sotavento algarvio e uma Renault Kangoo andaluz, acidente que resultou, para além em danos nos dois automóveis, num grande pão no nariz do condutor do Fiesta.

Meus caros, é uma obra pública. Um troféu não pode representar uma obra pública. Imaginem que a indústria dos monos (objectos de grande inutilidade e que toda a gente oferece a toda a gente sabendo que não servem para nada, mas que preferem dar a não dar, pois não dar é rude e dar um avental com a bandeira americana que compraram na Morais Soares é melhor que nada), mais precisamente a indústria dos monos que são galardões, começa a inspirar-se mais nas obras públicas? Como seria? Isso levanta uma série de problemas, ora vejamos: se o torneio fosse no Porto, que ponte escolheriam? Mas se tivesse lugar em Viseu, o prémio seria uma mini-rotunda? E será que o Tribunal de Contas poderia chumbar a execução do troféu devido a derrapagens nos custos? O melhor é mantermos o simples caneco.

O Último Blog.

Posted by Manuel Cardoso | Posted in , , | Posted on sábado, novembro 28, 2009

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Durante longos meses, a minha actividade nos blogues foi alvo de várias tentativas falhadas de reactivação da minha parte.

Esta é a última. Se este blog não funcionar, não funcionará mais nenhum em toda a minha vida.